A palavra anemia vem do grego anaimos, que significa “sem sangue”. Esta origem reflete bem a essência deste problema: a diminuição da capacidade de o sangue transportar oxigénio. Discreta nos sintomas mas persistente nas consequências, a anemia continua a ser um dos problemas clínicos mais comuns e, muitas vezes, subestimado. Em Portugal, estima-se que 1 em cada 5 pessoas sofra de anemia, condição frequentemente associada a períodos de internamento mais longos, maior morbilidade e custos acrescidos para quem gere cuidados de saúde.
Em grande parte dos casos, a causa da anemia é a deficiência em ferro. Os valores normais de ferritina (um dos principais indicadores das reservas de ferro no organismo) situam-se, geralmente, entre 30 e 300 ng/mL nos homens e entre 15 e 200 ng/mL nas mulheres, sendo que valores persistentemente abaixo destes limites podem indicar risco clínico relevante.
Com os equipamentos, processos e materiais certos, é possível prestar melhores cuidados, diagnosticar precocemente e manter os custos sob controlo. Descubra as principais causas da anemia, o impacto na sua organização e como as soluções de diagnóstico e terapêutica adequadas podem fazer a diferença.
O que causa a anemia?
De forma simplificada, a anemia resulta da redução do número de glóbulos vermelhos ou da concentração de hemoglobina no sangue, o que compromete a capacidade de transporte de oxigénio pelo organismo. Esta alteração pode ter três mecanismos principais:
1. Produção insuficiente de glóbulos vermelhos
Quando a medula óssea não consegue produzir glóbulos vermelhos em quantidade suficiente, o resultado é uma anemia por défice de produção.
As causas mais frequentes incluem:
- Deficiência de ferro, associada a dietas pobres, perdas crónicas ou aumento das necessidades (gravidez, crescimento);
- Défice de vitaminas essenciais, como a vitamina B12 e o ácido fólico, comum em idosos, dietas restritivas ou má absorção intestinal;
- Doenças crónicas (ex.: insuficiência renal, neoplasias, doenças inflamatórias) que interferem com a formação dos glóbulos vermelhos;
- Afeções da medula óssea, como síndromes mielodisplásicas ou aplasia medular.
2. Perda excessiva de sangue
A hemorragia aguda ou crónica leva à perda de glóbulos vermelhos e, a longo prazo, à exaustão das reservas de ferro.
Exemplos frequentes:
- Hemorragias gastrointestinais ocultas;
- Perdas menstruais abundantes;
- Cirurgias ou traumatismos;
- Algumas doenças inflamatórias intestinais.
3. Destruição aumentada de glóbulos vermelhos
Quando os glóbulos vermelhos são destruídos prematuramente, antes do seu tempo de vida útil, o organismo pode não conseguir compensar esta perda. Entre as causas mais comuns estão:
- Anemias hemolíticas autoimunes ou associadas a medicamentos;
- Doenças genéticas, como a anemia falciforme ou a talassemia;
- Algumas infeções ou toxinas que afetam diretamente os glóbulos vermelhos.
Embora as causas sejam variadas, uma avaliação clínica detalhada, apoiada em exames laboratoriais adequados, permite identificar o tipo de anemia e definir o tratamento mais eficaz.
Como repor o ferro: alimentação, suplementação e soluções intravenosas
Quando a anemia tem origem em défice de ferro, a reposição adequada é essencial para restaurar os níveis de hemoglobina e melhorar a qualidade de vida dos doentes. A escolha da abordagem deve ter em conta o perfil clínico, a tolerância individual e a urgência da resposta.
1. Alimentação rica em ferro
A base está sempre numa alimentação equilibrada. Carnes vermelhas, leguminosas, vegetais de folha escura e cereais fortificados são boas fontes de ferro, sobretudo quando combinadas com alimentos ricos em vitamina C, que favorecem a absorção. Esta abordagem pode ser suficiente em casos ligeiros ou como complemento da terapêutica.
2. Suplementação oral
Os sais de ferro orais são habitualmente a primeira linha na correção da anemia. Estão indicados em casos leves a moderados e têm a vantagem de serem fáceis de administrar. No entanto, podem causar efeitos gastrointestinais (náuseas, obstipação, dor abdominal) que limitam a adesão ao tratamento, sobretudo em regimes prolongados.
3. Ferro intravenoso
Quando há necessidade de uma reposição rápida de ferro, ou quando as preparações orais são ineficazes ou não podem ser usadas, o ferro intravenoso pode ser a solução mais adequada.
Hoje existem diversas formulações de ferro intravenoso que permitem ganhos rápidos e com boa tolerância por parte do doente. A decisão sobre esta abordagem deve ser sempre clínica e adaptada a cada caso.
Essenciais para lidar com a anemia na sua instituição de saúde
Estes são os equipamentos essenciais para rastrear e diagnosticar a anemia em diferentes contextos de cuidados de saúde.
HemoCue 801* – Diagnóstico Precoce de Anemia
O HemoCue® Hb 801 é um equipamento de pequenas dimensões, portátil, e de fácil de utilização, otimizado para a quantificação rápida de hemoglobina em crianças e adultos. É um sistema automatizado exclusivamente para uso diagnóstico in vitro realizado por profissionais. Por ser muito prático, adapta-se às necessidades de qualquer serviço de saúde – mesmo os mais exigentes com um fluxo de pacientes maior – hospitais, centros de saúde e ambulâncias.
Para além disso, confere resistência a alterações de temperatura e humidade. Através de uma cuvete única para a recolha de uma pequena amostra de sangue total usada diretamente no equipamento, terá um resultado quantitativo em menos de um segundo, com qualidade e precisão. A possibilidade de conectividade digital e armazenamento de até 600 medições, torna-o uma mais-valia.
HemoCue 201+* – Quantificação de Hemoglobina
O HemoCue® Hb 201+ é um sistema portátil e preciso para a medição quantitativa da hemoglobina, em consultórios médicos, farmácias, clínicas, unidades móveis e contextos de rastreio.
A sua simplicidade torna-o particularmente útil em ambientes onde a rapidez e a fiabilidade são cruciais para apoiar decisões clínicas imediatas no diagnóstico de anemia em todas as idades. Oferece resultados laboratoriais em apenas 15 segundos, com uma elevada fiabilidade.
Quilaban, ao seu lado para lidar com a anemia
Responder à anemia de forma eficaz requer conhecimento, soluções práticas e o apoio certo. Na Quilaban, é precisamente isso que oferecemos: não apenas soluções de diagnóstico e terapêuticas de qualidade, mas também uma rede sólida de parcerias e especialistas com experiência no terreno.
Trabalhamos com marcas reconhecidas a nível internacional, desenvolvemos soluções ajustadas à realidade de cada instituição e mantemos um compromisso constante com a inovação. Tudo isto para que quem cuida possa fazê-lo com mais confiança, rapidez e segurança.
Se sente que a sua instituição pode beneficiar de uma abordagem mais eficaz à anemia – seja ao nível do diagnóstico, da terapêutica ou da gestão clínica e laboratorial – estamos prontos para ajudar.
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*HemoCue® Hb 801 e HemoCue® Hb 201+ são dispositivos médicos para diagnóstico in vitro de uso profissional. Leia cuidadosamente a informação contida na rotulagem e manual de utilização para obter informações, avisos e precauções relacionados com a utilização dos dispositivos.